2008-10-02

É a Cultura, minha besta.


Um gajo vai à Faculdade de Letras largar 450 xelins de ouro para que alguém o queira amestrar e ainda tem que levar com uma quantidade incontável de geeks e nerds que querem obter licença de geek e atestado de nerd em cursos que dão saídas profissionais nas mais variadas variantes do call-centerismo. Não obstante a pose é de filósofo brioso sentado no pedestal que os 18 anos de fato-e-gravata com óculos e livro de capa rija podem dar a um falhado que não o sabe ainda. O olhar de sou o maior e venho aqui mostrar que sei mais do que tu (eu) e do que os meus professores todos e vou ser o maior do Mundo porque Portugal é pequeno para se ser o maior. No bolso o maço de Gauloises porque o Sartre gostava e porque se o Sartre gostasse de comer cócó às colheradas ele também comia.

Asco.

Este post é dedicado a alguns dos cromos que fui conhecendo na faculdade e que hoje me atendem quando quero mudar de tarifário. E aos outros, desculpem o ritmo do texto, mas estou a ouvir uma música muito muito esquisita.

3 comentários:

R2D2 disse...

"e que hoje me atendem quando quero mudar de tarifário". Este foi o momento alto, todo o resto foi o caminho que fizéste para lá chegar, e valeu a pena.

Borboleta disse...

e quando não têm fato e gravata, têm o «uniforme»: roupa escura e justa se forem M, rendada e cheia de arrebiques se forem F, pregos em sítios estranho e ares de quem não passa na banheira há muito tempo... venha o diabo e escolha :)

grassa disse...

És um poeta, caralho!